O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado a pedido da Associação Comercial de São Paulo pela PiniOn, alcançou, em dezembro deste ano, 107 pontos, aumentando 1,9% em relação a novembro, e 24,4% na comparação com o mesmo período de 2021.
A confiança do consumidor segue mantendo tendência crescente e elevando-se desde maio do ano passado, avançando, pouco a pouco, no campo otimista (acima de 100 pontos). A sondagem foi realizada a partir de uma amostra com 1.700 famílias a nível nacional, com residentes em capitais e cidades do interior.
O aumento da confiança foi percebido em quase todas as regiões do País, mas, principalmente, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, locais em que o índice aumentou no campo otimista. A exceção foi a região Nordeste, onde o INC se manteve estável. Na abertura por classes socioeconômicas também se aprecia elevação generalizada da confiança, com aumento do otimismo entre as classes AB e C, enquanto no caso da DE houve estabilidade.
A percepção negativa das famílias em relação à sua situação financeira atual diminuiu em relação ao mês anterior, com elevação mais intensa da segurança no emprego. As expectativas positivas sobre a situação financeira futura das famílias e a evolução do País continuam apresentando elevação mais intensa, em comparação à última análise do indicador.
A melhora da percepção sobre a situação atual e o maior otimismo em relação ao futuro seguiram se refletindo na maior proporção de entrevistados dispostos, por exemplo, a comprar itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis, tais como geladeira e fogão, assim como na maior propensão a realizar investimentos.
“Em síntese, o resultado do INC de dezembro continua mostrando aumento na confiança do consumidor, baseada principalmente na melhora das expectativas com relação à sua situação financeira futura, e pela percepção cada vez menos negativa da situação atual”, explicou o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa.
“Essa recuperação da confiança continuaria se explicando pela recuperação da atividade e do emprego, e pelas diversas transferências de renda concedidas pelo Governo Federal'', continuou.
Ainda na sua avaliação, a evolução da confiança do consumidor durante os próximos meses “dependerá fundamentalmente das variações da renda e do emprego, não se descartando, porém, que a mudança no âmbito Governo Federal possa exercer algum impacto nas expectativas das famílias de diferentes regiões e classes sociais”, complementou.