A reunião do Conselho de Segurança de São Vicente, que será realizada nesta quinta-feira (dia 13), às 19 horas, na sede da Associação Comercial de São Vicente (Rua Jacob Emerick, 1238, Parque Bitaru), terá a presença dos estudantes do campus da Unesp, localizado no mesmo bairro vicentino. Os universitários vão apresentar o resultado de uma pesquisa que fizeram nos últimos meses sobre o número de roubos na região. A ideia é mostrar para a sociedade e autoridades presentes, como representantes das Polícias Militar, Civil, Guarda Municipal e Exército. A reunião é aberta a toda a comunidade.
A ideia surgiu após relatos de assaltos e assédios nas proximidades da Unesp, que possui o curso de Ciências Biológicas durante o dia todo, na unidade vicentina. Segundo os estudantes, não era notado nenhum aumento no policiamento na região, mesmo com as denúncias de violências. Foi então, que o grupo PET-Litoral (um grupo formado por alunos e um tutor professor da Universidade) teve a ideia de realizar um levantamento quanto à violência sofrida pela comunidade acadêmica. Com os dados coletados, confeccionaram um mapa discriminando as regiões com maior incidência de crimes, para passar esses dados para as forças de segurança da cidade e informar a comunidade sobre o problema.
“Para fazer a pesquisa divulgamos um breve questionário para nossa comunidade acadêmica (englobando alunos, professores e funcionários). Nosso questionário visava coletar informações sobre assaltos, furtos e assédios sofridos pela comunidade, buscando identificar os itens que foram perdidos, o horário e o local em que tal violência ocorreu, o tipo de assédio sofrido e outras informações semelhantes. Também há um campo em nosso questionário perguntando sobre a realização ou não do Boletim de Ocorrência (BO), pois sabemos que o BO é a principal fonte de informações para a polícia e que, por diversos motivos, a vítima pode não realizar tal boletim”, explicou o aluno Sérgio da Rocha.
RESULTADOS
O resultado obtido foi de 93 pessoas assaltadas, 68 furtadas e 63 assediadas, entre os 255 entrevistados. Dentro dos dados de assalto, celulares e dinheiro foram os principais itens levados pelos criminosos e na maior parte das vezes em que a vítima conseguiu visualizar, o assaltante estava portando uma arma branca. Quanto aos dados sobre assédio, foi notado que a maior parte dos casos era sobre assédio verbal e ocorreram no entorno do Campus. A pesquisa mostrou também que a maior parte das vítimas não realizou o BO e que uma grande maioria (81%) não se sente segura em São Vicente. Quanto as regiões de maior incidência, foi detectado um maior número de casos nas ruas Síria e rua do Colégio.
“A partir destes dados, podemos notar que a comunidade acadêmica não se sente segura no entorno da universidade. Além disso, é necessária uma maior ênfase na necessidade do registro do BO”, analisa o estudante responsável pelo levantamento. “O que reivindicamos com nossos resultados é um aumento na segurança dos arredores da Universidade. principalmente nas áreas de maior incidência de crime. Com aumento na segurança, nos referimos a melhoras tanto no policiamento quanto na própria iluminação de tais regiões, visto que é evidente o descaso com os arredores da universidade”, finaliza Rocha.
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CRÉDITO: E5+ COMUNICAÇÃO
LEGENDA: REUNIÃO CONSEG